Em fevereiro, estreou na Netflix a esperada série em live-action Avatar: O Último Mestre do Ar, nova adaptação do desenho da Nickelodeon, que foi ao ar pela primeira vez em 2005. A produção alcançou a posição mais alta do Top 10 de produções mais assistidas do streaming rapidamente, gerando bastante comentários nas redes sociais.
Como há muitos fãs da série original, várias pessoas se debruçaram para analisar as semelhanças e diferenças entre as duas versões. Enquanto a produção adotou cenas similares à animação, diversas alterações foram realizadas na história presente na Netflix.
Neste artigo, trazemos os principais pontos divergentes entre a animação original e a versão em live-action. Confira a lista a seguir!
As diferenças entre a série live-action da Netflix e a animação da Nickelodeon
O desenho animado Avatar: A Lenda de Aang, da Nickelodeon, conta a história do menino Aang. Ele, que faz parte do povo dos Nômades do Ar, é um Avatar, um indivíduo capaz de dominar os quatro elementos da natureza. Por conta disso, ele se torna alvo da Nação de Fogo, que tenta eliminá-lo.
É importante saber que a mesma trama já havia sido adaptada anteriormente: em 2010, o diretor M. Night Shyamalan (de O Sexto Sentido) lançou O Último Mestre do Ar. Contudo, os fãs se decepcionaram com o filme e não contam com ele dentro da franquia.
A expectativa é que a série da Netflix seja bem mais aceita. Confira as principais diferenças entre ela e o desenho original.
1. A importância da Dobra de Água
(Fonte: Netflix)Fonte: Netflix
A habilidade da Dobra de Água está entre as principais das quatro nações. Ela configura como um método essencial para controlar a Nação do Fogo. Na série da Netflix, a menina Katara é mostrada enquanto treina suas habilidades ainda incipientes, mas isso é pouco explorado na trama.
Já no desenho da Nickelodeon, os momentos em que Katara ensina Aang a dominar a água são fundamentais para o desenvolvimento da história e na jornada para que ele se torne o Avatar.
2. O ataque aos Monges do Ar e a fuga de Aang
(Fonte: Netflix)Fonte: Netflix
No desenho original, o ataque da Nação do Fogo aos Monges do Ar acontece meses depois que Aang foge. Já na série da Netflix, Aang escapa do ataque por acaso: ele tinha saído para espairecer após descobrir que era o Avatar.
De todo modo, a série live-action mostra de maneira mais explícita e corajosa o impacto do genocídio dos Monges do Ar. O desenho da Nickelodeon provavelmente não faz isso por ser mais direcionada às crianças.
Só que isso dá outro peso às decisões de Aang, que escolhia deixar seu povo para atrás. Dessa vez, ele apenas se afasta por alguns minutos, se perdendo no oceano e acabando congelado por 100 anos, enquanto seu povo acaba morrendo.
3. Sokka é menos machista e Katara é menos “maternal”
(Fonte: Netflix)Fonte: Netflix
Katara e Sokka são os dois irmãos que acompanham Aang na história de Avatar. Mas, no desenho original, o jovem Sokka, segundo os fãs, é retratado com traços bastante machistas, que foram minimizados na série da Netflix. Para se ter uma ideia, havia cenas em que ele dizia coisas como “garotas são melhores em costurar do que garotos, mas garotos são melhores em caça e luta”.
Kiawentiio, a atriz que vive Katara, expressou sua opinião: “penso que eliminamos o aspecto extremamente machista de Sooka. Eu sinto que houve muitos momentos questionáveis no programa original”, falou durante uma entrevista recente.
O produtor Albert Kim mencionou que houve também ajustes na personagem Katara, e ela se tornou menos maternal e protetora. “Há certas posturas que Katara teve no desenho que não necessariamente fizemos aqui. Quer dizer, não quero entrar muito nisso, mas há algumas questões de gênero que não foram trazidas do desenho animado”, explicou.
4. O acesso de Aang ao mundo espiritual
(Fonte: Netflix)Fonte: Netflix
Uma das habilidades de Aang é a de acessar o mundo espiritual, o que ocorre quando ele encontra a floresta encantada. No desenho da Nickelodeon, ele consegue isso com facilidade após “desbloquear” essa habilidade como Avatar. Para os demais poderem entrar lá, eles precisam saber meditar, o que deixa o seu físico vulnerável enquanto fazem isso.
Já no live-action, Aang é capaz de levar Sooka e Katara para lá de forma bem simples. Os dois irmãos não entendem bem o que aconteceu, fazendo com que Aang tenha que explicar tudo. Certamente, é uma diferença marcante entre as duas versões de Avatar.
5. Na nova trama, há menos espaço para comportamentos infantis de Aang
(Fonte: Netflix)Fonte: Netflix
Na série da Netflix, Aang e sua turma têm menos espaço para desvios de sua rota, que se dá uma busca de acabar com a guerra da Nação do Fogo contra outras nações. Ou seja, eles são menos exibidos em cenas voltadas a brincadeiras e aventuras.
Mais uma vez, o produtor Albert Kim explicou: “na primeira temporada da animação, ele meio que vai de um lugar para outro em busca de aventuras. Era um pouco mais solto, como convém a um desenho animado”.
No live-action, pontua Kim, as ações são mais direcionadas no roteiro. “Essencialmente, damos a ele essa visão do que vai acontecer, e ele diz: ‘Tenho que chegar à Tribo da Água do Norte para impedir que isso aconteça.’ Isso dá a ele muito mais compulsão narrativa daqui para frente”, afirmou.
6. Unindo linhas narrativas
Além de trazer menos aventuras de Aang e seus amigos, o seriado da Netflix também une diferentes linhas narrativas do desenho em alguns episódios. A cidade de Omashu, por exemplo, acaba virando o centro de diferentes histórias que são divididas em múltiplas partes no desenho.
Além de contar com o arco dos jogos do rei, a cidade também inclui o personagem Jato e sua gangue. O local também abriga, na série, a história de Teo e seu pai, que é um engenheiro que constrói dispositivos voadores.
Com as mudanças listadas acima, a série da Netflix entrega uma experiência consideravelmente diferente do que temos na animação, também disponível para assistir no serviço de streaming. E aí, você curtiu o live-action? Deixe sua opinião nas redes sociais do Minha Série!