Para além do hype: o que esperar da inteligência artificial em 2024 – GEmod Tech
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Para além do hype: o que esperar da inteligência artificial em 2024

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Por Andréa Migliori.

É muito curioso, para alguém que conhece a inteligência artificial há muito tempo ou que vem sempre se atualizando sobre seus avanços, ver como anda o debate público sobre o assunto. Há muitas expectativas e também muitos receios, ainda que a IA já faça parte da nossa vida de muitas maneiras.

É compreensível que o tema esteja tão em alta agora, com o uso em massa de ferramentas como ChatGPT, MidJourney e outras. Justamente por isso, há muitas conversas simultâneas sobre o que podemos esperar para o próximo ano – e com a velocidade que a tecnologia está avançando, várias previsões podem realmente se concretizar.

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Inteligência ArtificialTendências de IA para 2024 no Brasil e no mundo.

Principais tendências de inteligência artificial para 2024

Abaixo você confere os 5 destaques que podem tornar a inteligência artificial ainda mais utilizada em 2024. Veja:

1. Comunicação otimizada

A comunicação é uma das áreas que mais vem sendo impactada pela inteligência artificial recentemente e agora é hora dessa relação se firmar. Conforme as IAs conversacionais aprendem mais sobre as linguagens humanas, melhores ficam as ferramentas de interação.

Podemos esperar mais clareza nas mensagens e mais possibilidades de economizar tempo de atendentes com demandas mais complexas, deixando as tarefas mais simples para os robôs. Diversos segmentos podem se beneficiar disso. Na saúde, por exemplo, seria possível evoluir atendimentos que costumam ser demorados, automatizando a coleta de dados, pedidos médicos e encaminhamentos.

Na Workhub, onde sou CEO, já planejamos para o começo de 2024 disponibilizar um serviço de atendimento por IA para o RH de clientes. Muitas questões podem ser resolvidas de maneira automatizada, dando tempo para profissionais se concentrarem em outras questões da equipe. Imagine empresas com milhares de pessoas colaboradoras, como a IA agilizaria a comunicação do setor?

2. Aprimoramento de produtos e serviços

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A IA não serve apenas para criar novos produtos e serviços, mas também para melhorar os que já existem. A tecnologia pode auxiliar inúmeros negócios a venderem soluções mais eficientes, ágeis, menos custosas, enfim: mais competitivas.

As próprias redes sociais são um exemplo do que pode acontecer. Atualmente, os algoritmos causam bolhas na internet, o que já começou a ser alterado aos poucos, especialmente a partir do sucesso do TikTok, que se baseia na recomendação de novos conteúdos, ao invés de ficar só naquelas mesmas 30, 40 contas que você segue e interage. Mas ainda é preciso aprimorar mais, e acredito que a IA vai auxiliar nisso.

3. Foco em segurança

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Mais tecnologia também significa mais segurança de dados e do próprio uso das ferramentas. Como as mudanças são rápidas, ainda faltam regulamentações em diversas áreas sobre o assunto, mas isso não se restringe aos governos: as empresas e as pessoas, de modo geral, também precisam se atualizar.

Há uma atenção relevante para perigos como vazamento ou cruzamento de dados, o que é ótimo, mas a IA traz mais peças para a mesa. O que fazer com o risco das pessoas se sentirem enganadas ao não saberem se determinada interação ou conteúdo é feito com IA? Ou quando a IA acaba passando uma informação equivocada, e alguém segue uma orientação que não deveria?

Tudo isso precisa ser debatido, e 2024 vem para abrir mais o leque dessas discussões, inclusive ao tratar de novos mecanismos de identificação de IAs, mais debates públicos sobre questões éticas e de segurança desses recursos, e também orientações para que as pessoas saibam como usá-las de forma segura – o que leva ao próximo ponto.

4. Treinamento humano

As mudanças sociais nem sempre acompanham o avanço tecnológico. Grande parte das pessoas, mesmo que ouçam falar sobre inteligência artificial e até conheçam o ChatGPT, por exemplo, ainda não entende exatamente o que pode ser feito, quais são os benefícios da IA e os possíveis riscos.

Por isso, uma tendência para o futuro próximo é o treinamento das pessoas para lidar cada vez melhor com IAs. Isso pode partir de empresas, para suas equipes e clientes, ou dos governos. E também significa entender os impactos da tecnologia, inclusive em relação a um dos temas mais falados, que é a substituição dos cargos e a possível perda de empregos.

Afinal, muita gente está assustada, mas muita gente nem sabe o que está acontecendo. É como pensar na primeira Revolução Industrial, ou quando os computadores surgiram e ninguém entendia como funcionavam. No fim, todos nós nos adaptamos, novos empregos foram criados e a sociedade continuou.

É o que a inteligência artificial está fazendo, também, e precisamos estudar e aprender. E isso precisa ir além dos produtos! Nós nos acostumamos a conhecer a tecnologia apenas através dos produtos que a usam, ao invés de entender, de fato, como a IA funciona, qual a base daquilo. Esse é um conhecimento que precisa se tornar mais abrangente.

5. Automação de processos

Todas as tendências acabam passando por aqui. A automação de processos é o que vai melhorar a comunicação, os produtos e serviços, é o que precisa ser compreendido pelas pessoas, e certamente fará parte também dos dispositivos de segurança.

Toda vez que atividades operacionais são automatizadas, as empresas ganham em eficiência e economia. Tarefas repetitivas tendem a desaparecer das mãos humanas. Por sua vez, as pessoas devem ocupar cada vez mais papéis estratégicos e de tomada de decisões, inclusive ao operar as IAs.

A verdade é que tudo que pode ser automatizado, vai. E isso é bom para o ecossistema de qualquer negócio. Na Workhub, por exemplo, quando recebemos feedbacks de clientes felizes com a produção de conteúdo da intranet por IA, ninguém diz que realizou demissões por conta da ferramenta. Pelo contrário, conseguiram realocar essas pessoas ou melhorar o uso do tempo delas, e isso gera mais qualidade de trabalho.

A automação e a própria IA, de forma geral, vão seguir em 2024 e além com seu propósito principal: melhorar processos, reduzir custos e aprimorar experiências. É o que se pode esperar com mais certeza do que qualquer outra previsão.

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*Andréa Migliori, CEO da Workhub, uma HRTech de soluções para portais corporativos, pioneira no segmento a incorporar inteligência artificial aos seus serviços

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