Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas interessantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento de uma das ciências mais antigas do mundo.
#1: Uma colisão lunar!
Marte, nosso vizinho vermelho, é o quarto planeta do Sistema Solar, localizado a uma distância média de aproximadamente 225 milhões de quilômetros de nós. Além de sua característica superfície avermelhada marcada por extensas planícies, cânions gigantes e vulcões adormecidos, Marte é caracterizado por ser cercado por duas luas irregulares: Fobos e Deimos.
Lua em rota de colisão!
Mas não é a nossa!
A maior lua de Marte, Fobos, está aos poucos se aproximando do planeta e está prevista para colidir com ele em 40-50 milhões de anos.
Sem pânico porque a lua é bem menor que Marte e o impacto não causará grandes danos.#AstroMiniBR pic.twitter.com/1cZ6Cak06A
— Camila Esperança (@astronomacamila) February 14, 2023
Ambas as luas são pequenas em comparação com a lua da Terra, com Fobos sendo a maior delas, com cerca de 22 quilômetros de diâmetro. Esta lua tem sido objeto de grande interesse científico devido ao seu movimento de aproximação constante em relação ao planeta: análises indicam que Fobos está se aproximando de Marte a uma taxa de cerca de 1,8 metros a cada século.
Acredita-se que essa trajetória de aproximação levará a uma colisão inevitável com Marte ou em um eventual desmembramento por forças de maré, resultando em um anel de destroços ao redor do planeta.
Essa peculiaridade astronômica oferece aos cientistas uma oportunidade única para compreender melhor as forças gravitacionais em sistemas planetários e os processos geofísicos que ocorrem em corpos celestes.
#2: Quantos exoplanetas existem por aí?
Até hoje, mais de 5000 exoplanetas foram descobertos e confirmados por astrônomos ao redor do mundo. Essas descobertas foram feitas por meio de várias técnicas de detecção, sendo dois os mais comuns:
- o método de trânsito, que observa a diminuição periódica no brilho de uma estrela quando um planeta passa na frente dela;
- o método de velocidade radial, que mede pequenas oscilações na velocidade de uma estrela causadas pela gravidade de um planeta em órbita.
Hoje já sao confirmados cerca de 5300 exoplanetas!
E o prognóstico é que existem diversos sistemas bem exóticos e nada parecidos com nosso sistema solar. No vídeo, as cores indicam a temperatura dos planetas e as órbitas estao comparadas com o sistema solar!#AstroMiniBR pic.twitter.com/O8QQlPeOme
— Ana Carolina Posses (@astroposses) January 31, 2023
Embora esse seja o número de planetas fora do Sistema Solar descobertos cresça exponencialmente a cada ano, estima-se que, apenas na nossa galáxia, existam centenas de bilhões de exoplanetas, uma média de um para cada estrela que existe. Com o avanço contínuo da tecnologia, a diversidade de exoplanetas descobertos também deve aumentar, incluindo planetas que podem ter condições propícias para a existência de vida.
A busca por exoplanetas e a compreensão de suas características físicas e atmosféricas estão entre os dos principais tópicos de pesquisa para responder a perguntas sobre a habitabilidade do universo e nosso lugar nele.
#3: O que são cometas?
Cometas são corpos celestes compostos principalmente de gelo, poeira e gases, que orbitam o Sol em trajetórias elípticas altamente excêntricas. Quando um cometa se aproxima do Sol em sua órbita, o calor solar provoca a sublimação do gelo, liberando partículas de poeira e gás, criando uma brilhante e distintiva “cabeleira” (coma) e uma cauda que aponta sempre para longe do Sol, devido à pressão do vento solar.
Com o cometa C/2022 E3 (ZTF) dando as caras, vem aquela dúvida de como ele se move. Muitos acham que cometa é tipo uma estrela cadente cortando o céu. Mas ele está tão longe que tem um movimento aparente no céu bem lento. Só agora está sendo mais visível no Sul. #AstroMiniBR pic.twitter.com/QUHpojOQLH
— Ricardo Ogando (@thespacelink) January 31, 2023
À medida que o cometa se afasta do Sol, sua atividade diminui, e ele se torna menos visível. Os cometas podem ser observados no céu noturno – como o cometa C/2022 E3 (ZTF) que ficou visível no mundo todo no início deste ano – muitas vezes aparecendo como pontos luminosos e distintos, movendo-se lentamente em relação às estrelas do fundo.
O estudo dos cometas fornece valiosas informações sobre a história do Sistema Solar e pode oferecer insights fundamentais sobre as condições iniciais que moldaram os planetas e outros corpos celestes.
#4: A vizinhança estelar do Sol!
O Sol não está sozinho no espaço! Sua vizinhança estelar, também conhecida como o sistema estelar local, é uma região na Via Láctea onde encontramos várias estrelas próximas ao nosso sistema e é justamente o que você pode ver na animação acima!
imagina poder visualizar a vizinhança solar de uma perspectiva de fora?
foi exatamente isso que fez @ReyleCeline e a equipe do @galaxy_map
no gif, todas as estrelas (com seus exoplanetas) até 10 parsecs (=32.6 anos-luz) ? fantastique!#AstroMiniBR +
{c} https://t.co/bCHgX3Cxjy pic.twitter.com/VHQuK2nyYZ— yanna martins franco (@martins_yanna) February 8, 2023
As principais estrelas dessa vizinhança são Alpha Centauri, um sistema estelar triplo composto pelas estrelas Alpha Centauri A, Alpha Centauri B e Proxima Centauri, localizado a cerca de 4,37 anos-luz de distância da Terra.
Outra estrela notável é Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno, situada a aproximadamente 8,6 anos-luz da Terra. Além disso, temos outras estrelas famosas como Barnard, localizada a cerca de 5,96 anos-luz, e Vega, a apenas 25 anos-luz de distância.
Embora em unidades de anos-luz esses números sejam pequenos, essas escalas astronômicas ainda estão a distâncias vastas em relação à escala humana.
#5: A luz mais antiga do céu!
A galáxia de Andrômeda, também conhecida como Messier 31, é uma das mais fascinantes e imponentes estruturas celestes que podemos contemplar a olho nu no céu noturno. Localizada a aproximadamente 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra, essa majestosa galáxia é o objeto mais distante visível a olho nu, tornando-se, assim, a luz mais antiga que podemos observar diretamente.
Andrômeda é uma galáxia espiral a 2,5 milhões de anos-luz!
É o objeto mais distante que podemos “facilmente” ver a olho nu*.
Por causa da sua distância, a luz de Andrômeda é provavelmente a luz mais antiga que podemos ver no céu! #AstroMiniBR
(c) Gerardo Ferrarino pic.twitter.com/KIJr9Dbhjg— Giovanna Liberato (@liberato_gio) January 19, 2023
A luz que alcança nossos olhos ao olhar para Andrômeda começou sua jornada cósmica há mais de 2 milhões de anos, revelando-nos um vislumbre de um passado remoto e intrigante do Universo, quando a humanidade sequer sonhava em existir.
Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais outras curiosidades astronômicas aqui no TecMundo e aproveite para ler também: Cientistas observam planetas de fora do sistema solar compartilhando a mesma órbita.